Saúde Mental e Empregabilidade
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O Consórcio Maior Empregabilidade reuniu para refletir a questão da saúde mental dos estudantes, em especial, na transição entre o ambiente académico e o ambiente laborar.
A Dra. Teresa Espassandim apresentou algumas características e consequências do mundo VUCA em que vivemos, agravadas pela pandemia, que têm um forte impacto nos momentos de transição de vida, ativando algumas vulnerabilidades pré-existentes. Em Portugal, o foco ainda tem sido na urgência e na remediação do que é visível e tratável, mas cada vez mais é necessário desenvolver o foco preventivo e promocional de bem estar e das competências socio-emocionais. A necessidade de segurança, sucesso e desenvolvimento de plano de vida são aspetos fundamentais para os jovens adultos e, neste momento, estão em stand by devido à imprevisibilidade dos próximos tempos.
A Profª Helena Marujo referiu a importância de existir a capacidade de pensar e sentir de forma harmoniosa e funcional como pré-requisito de saúde mental e de bem estar, reforçando a importância dos fatores de proteção que todos devemos ativar: realização, auto-estima, boas redes de apoio, boas relações sociais e familiares. E, em especial nos jovens, o acesso a experiências e atividades que levam a emoções positivas: experiências sociais, desenvolvimento pessoal e vida com propósito. Por isso, as intervenções proactivas e promocionais do bem estar psicológico são tão importantes, no sentido de restaurar e recuperar os pensamentos e sentimentos negativos.
A Dra. Carla Venâncio, partilhou diferentes exemplos de práticas que as empresas estão a adotar no que diz respeito à promoção e cuidado com a saúde mental e bem estar dos seus colaboradores, no âmbito das Great Place to Work. A principal preocupação das empresas com a pandemia foi o cuidar das pessoas, ouvir e criar uma cultura de confiança onde as pessoas se sentissem à vontade para partilhar problemas e estratégias para lidar com as emoções. Referiu a importância de ensinar/aprender a lidar com as crises, de existir uma continuidade e consistência das intervenções e, com o fim da pandemia, continuar atento aos impactos e consequências a longo prazo (a fadiga pandémica).
Uma sessão que demonstrou ainda mais a importância deste tema e o trabalho que as instituições de ensino superior, em particular os gabinetes de promoção de empregabilidade, podem desenvolver. Mais um tema para o Consócio promover e desenvolver com os seus membros.